Iniciou-se neste mês uma série de ações conhecida como “operação-apagão” por parte dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As mobilizações, que começaram no dia 17, introduzem uma nova dinâmica nas rotinas de trabalho do órgão, promovendo paralisações estratégicas durante o período de negociações por melhores condições salariais.
O SINSSP (Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo) é o principal articulador dessas mobilizações. Designaram-se dias específicos para essas paralisações: todas as terças e quintas-feiras do mês, em um esquema que reduz a produção dos funcionários em 20%. Essas medidas têm por objetivo chamar a atenção para as demandas da categoria e acelerar o processo de negociação.
O que são os “apagões” do INSS e como afetam os serviços?
Denominados “apagões”, esses dias de trabalho reduzido não comprometem diretamente o atendimento nas agências, conforme informado por Pedro Totti, presidente do SINSSP. A realização de horas extras foi desaconselhada, e embora isso possa impactar indiretamente a rapidez no atendimento ao público, a estratégia é manter a eficácia operacional sem afetar severamente o atendimento ao cidadão.
Por que os servidores do INSS decidiram iniciar a operação-apagão?
As principais demandas que levaram à paralisação incluem ajustes salariais que compensem as perdas inflacionárias recentes. Os servidores se encontram insatisfeitos com as propostas de reajuste salarial do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que prevêem aumentos de 9% para 2025 e 3,5% para 2026, uma oferta considerada insuficiente frente às necessidades dos trabalhadores.
Impacto das reivindicações na administração pública
O aumento proposto de 9% no ano anterior ao funcionalismo público, seguido de um novo incremento nos benefícios neste ano, reflete um reconhecimento do valor desses profissionais pelo governo. Contudo, as especificidades e desafios enfrentados pelos servidores do INSS na sua rotina de trabalho exigem considerações mais significativas, segundo as lideranças sindicais.
As negociações estão em um ponto crítico. A continuidade da operação-apagão está sujeita à resposta do governo às reivindicações e aos resultados de futuras assembleias do sindicato. A passagem de cada dia de paralisação serve como um lembrete da importância desses trabalhadores e do impacto de suas atividades no bem-estar social dos cidadãos brasileiros.
- Redução de 20% na produção nos dias de ‘apagão’
- Não afetação direta do atendimento nas agências
- Reivindicações de ajustes salariais significativos