STF abre inquérito contra Eduardo e Moraes autoriza solicitações de Paulo Gonet

Ministro atendeu à PGR e mandou realizar oitivas com o pai de Eduardo Bolsonaro e diplomatas nos EUA.

Nesta segunda-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para abrir um inquérito contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em virtude da atuação do deputado licenciado nos Estados Unidos (EUA). Relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, por ordem do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, a investigação se tornou pública, na tarde de hoje.

Eduardo tem se movimentado no exterior para o governo Trump baixar sanções que mirem Moraes. Há poucos dias, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou haver “grandes chances” de isso ocorrer. As punições alcançariam ainda outros juízes do STF, além do PGR, Paulo Gonet, e até o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.

Com a investigação oficialmente aberta, Moraes atendeu a outros pedidos da PGR. Eis a lista:

  • “Monitoramento e preservação” de conteúdo postado por Eduardo nas redes sociais;
  • Em dez dias, a PF deve realizar oitivas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (para explicar a atuação do filho nos EUA), os deputados Eduardo e Lindbergh Farias (PT-RJ) e diplomatas do governo Lula nos EUA.

“Oficie-se também o ministro de Estado das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para que indique quais as autoridades diplomáticas brasileiras nos EUA que estão aptas a prestar os esclarecimentos solicitados pela PGR”, determinou Moraes.

Pedido de inquérito da PGR contra Eduardo Bolsonaro

Na ação redigida no domingo 25, e enviada ao STF nesta manhã, Gonet citou posts nas redes do parlamentar e entrevistas de Eduardo à imprensa.

“Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na ação penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o senhor Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”, afirmou Gonet, ao mencionar que o congressista tem o intuito de “embaraçar” o julgamento do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e provocar “intimidação” nas autoridades brasileiras. “A ameaça consiste na perspectiva de inflição de medidas punitivas pelo governo norte-americano, que o senhor Eduardo, apresentando-se como junto a ele particularmente influente, diz haver conseguido motivar, concatenar, desenvolver e aprovar em diversas instâncias.”

Crédito Revista Oeste

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