Na última sexta-feira, 17, a Suprema Corte manteve uma lei que obriga a venda da plataforma chinesa a uma empresa americana para continuar a operar no país
O TikTok saiu do ar nos Estados Unidos na noite de sábado, 18, poucas horas antes de uma lei que baniria o aplicativo entrar em vigor no domingo. A rede social também saiu das lojas de aplicativo Apple Store e Google Play Store.
Segundo a imprensa americana, ao tentar abrir a plataforma, usuários no país receberam uma mensagem que dizia o seguinte: “Desculpe, o TikTok não está disponível no momento. Uma lei que proíbe o TikTok entrou em vigor nos EUA. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok por enquanto”.
Na última sexta-feira, 17, a Suprema Corte dos Estados Unidos manteve uma lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente americano Joe Biden que obriga a venda da plataforma chinesa a uma empresa americana para continuar a operar no país. O aplicativo é usado por cerca de 170 milhões nos EUA.
O TikTok, no entanto, sugeriu que pode voltar ao ar em breve. “Temos sorte que o presidente Trump indicou que trabalhará conosco em uma solução para restabelecer o TikTok assim que ele assumir o cargo”, disse a mensagem do app aos usuários.
Em uma entrevista à rede NBC News no sábado, 18, o presidente eleito Donald Trump, que toma posse nesta segunda-feira, 20, afirmou que “muito provavelmente” adiará a proibição do TikTok após assumir o cargo. “A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado”, disse o republicano.“Se eu decidir fazer isso, provavelmente anunciarei na segunda-feira.”
A medida é defendida pelo governo como uma ação necessária para proteger a segurança nacional. As autoridades americanas temem que o governo chinês possa exercer influência sobre o TikTok, seja por meio do controle de conteúdo, seja pela coleta de dados dos usuários americanos.
A ByteDance, por outro lado, argumenta que a proibição do aplicativo violaria a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão.
A ByteDance, por outro lado, argumenta que a proibição do aplicativo violaria a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão.
A lei em questão exige que a ByteDance venda seus ativos a uma empresa fora da China até no máximo um dia antes da posse do presidente eleito Donald Trump, marcada para 20 de janeiro.