Toffoli viajou em jato privado com advogado do caso do Banco Master, diz jornal

Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), viajou para Lima, no Peru, na companhia do advogado de um dos presos por envolvimento no caso do Banco Master. O deslocamento foi feito em um jato particular de um empresário. O motivo foi a final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras. As informações são do jornal O Globo.

A viagem aconteceu poucos dias antes de Toffoli impor sigilo máximo ao processo que tramita no STF envolvendo Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master. O sigilo foi determinado a pedido da defesa de Vorcaro, que chegou a permanecer dez dias preso. Com a decisão, informações que antes estavam disponíveis no site do STF foram retiradas, impedindo o acesso público aos detalhes da tramitação.

Posteriormente, Toffoli também estabeleceu que todas as novas diligências e medidas relacionadas à investigação do Banco Master só poderão ser realizadas com autorização prévia da Corte. A justificativa apresentada é a suspeita de que a apuração envolva pessoas com foro privilegiado.

Encontro levanta questionamento sobre processo do Banco Master

O encontro, realizado em meio a um caso de grande repercussão judicial, levanta questionamentos sobre a proximidade entre o ministro e figuras importantes do processo. André Marsiglia, advogado e especialista em liberdade de expressão, aponta que o sigilo imposto por Toffoli retira, inclusive, o nome dos advogados que defendem os investigados e a ciência de que houve alguma nova decisão do ministro. “Você percebe a gravidade? É uma caixa-preta. O caso navega no escuro completo nas mãos do Toffoli daqui para frente”, analisou em vídeo no YouTube.

O advogado afirmou que outros órgãos competentes deveriam exigir explicações do ministro. “Ou o Toffoli vem a público e se explica, ou as autoridades no entorno dele – os ministros, a PGR, o CNJ, a magistratura de uma forma geral – venham e exijam uma explicação e que ele saia da frente do caso Master. É isso que precisa acontecer já! Ou o Senado, que não sabe o que fazer para confrontar-se com o STF, vai lá, bate na porta do Toffoli, tome medidas, faça requerimentos, sei lá, aja politicamente, confronte-se com o fato”, sugeriu Marsiglia.

Crédito Gazeta do Povo

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