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Trump faz 1º discurso depois de atentado, detalha ataque e pede união

Ex-presidente e candidato à Presidência dos EUA falou na convenção do Partido Republicano

O ex-presidente Donald Trump fez seu primeiro discurso na noite de quinta-feira 18 depois de ter sido vítima de uma tentativa de assassinato no último sábado, 13. Candidato à Presidência dos Estados Unidos, Trump discursou durante a Convenção Republicana em Milwaukee, no Estado de Wisconsin.

Ele detalhou o ataque sofrido no sábado e pediu união, no momento em que exortou os adversários do Partido Democrata a pararem de atacar sistematicamente os conservadores, rotulando-os de inimigo da democracia.

“Não devemos criminalizar a dissidência nem demonizar a discordância política”, disse. “Nesse espírito, o Partido Democrata deve parar imediatamente de armar o sistema de Justiça e rotular seu oponente político como um inimigo da democracia, especialmente porque isso não é verdade; na verdade, sou eu quem salva a democracia para o povo do nosso país.”

Trump afirmou que, depois do atentado, reescreveu seu discurso, que durou uma hora e 32 minutos. Ele evitou mencionar Joe Biden diretamente, mas criticou a administração do democrata e repetiu acusações sobre imigração e fraude eleitoral. Trump também prometeu concluir o muro na fronteira com o México e acabar com a entrada ilegal de milhares de estrangeiros.

“No coração da plataforma republicana está nossa promessa de acabar com esse pesadelo de fronteira e restaurar completamente as fronteiras sagradas e soberanas dos Estados Unidos”, declarou. “Faremos isso no primeiro dia. Isso significa duas coisas no primeiro dia, certo: perfurar, perfurar e fechar nossas fronteiras.”.

Ele também abordou questões internacionais ao afirmar que mundo está “à beira da Terceira Guerra Mundial” e que a Rússia não teria invadido a Ucrânia se ele estivesse no poder. Criticou a retirada das tropas do Afeganistão e prometeu trazer de volta reféns do Hamas.

No início da semana, Trump foi oficialmente lançado como candidato pelo Partido Republicano e anunciou o senador J.D. Vance como vice na chapa.

No discurso, Trump descreve tentativa de assassinato: ‘Só estou aqui pela graça de Deus’

Trump descreveu o momento em que foi atingido de raspão na orelha, afirmando que só sobreviveu por ter virado a cabeça para olhar um telão.

“Quando ouvi um som alto de assobio e senti algo me atingir muito, muito forte na orelha direita, perguntei a mim mesmo, o que foi isso? Só pode ser uma bala”, narrou. “Havia sangue jorrando por toda parte, e, ainda assim, de certa forma, me senti muito seguro, porque tinha Deus ao meu lado”, disse, lembrando que se não tivesse virada a cabeça para checar nos números sobre imigração no telão atrás de si “não estaria aqui”.

“Meus apoiadores sabiam que eu estava em perigo, e eles não saíram correndo”, prosseguiu, dizendo que isso evitou uma disparada e outras mortes. “Não era para eu estar aqui nesta noite”, disse, levando o público a entoar: “Sim, é para você estar”. “Eu só estou aqui pela graça de Deus.”

Ele homenageou Corey Comperator, bombeiro que morreu tentando proteger sua família durante o ataque. O uniforme do bombeiro foi levado ao palco.

Conservadores prestam apoio a Trump

Trump destacou J.D. Vance como seu candidato a vice-presidente e elogiou seu potencial para o futuro do movimento Make America Great Again. O evento contou com a presença de Melania e Ivanka Trump, que subiram ao palco no final.

Eric Trump, seu filho, disse que o pai demonstrou coragem inabalável. Também prestaram apoio ao ex-presidente figuras como Tucker Carlson e Hulk Hogan. A ex-pré-candidata à Presidência Nikki Haley, que antes era reticente, expressou apoio total a Trump. Antigas lideranças, como George W. Bush e Mike Pence, não compareceram.

Mike Pompeo, ex-secretário de Estado, acusou Joe Biden de fraqueza e traição, criticando sua política de imigração e responsabilidade nas guerras na Ucrânia e em Gaza. Ele reiterou o slogan “America First”, defendendo a prioridade dos interesses norte-americanos.

Os discursos políticos foram intercalados com depoimentos de norte-americanos comuns, reforçando a mensagem de que o país estava melhor sob a administração Trump.

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