Ex-assessor do governo Jair Bolsonaro deve explicar por que ficou preso, por seis meses, apesar de não haver provas contra ele
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou, nesta quarta-feira, 9, um requerimento do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) para ouvir Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais.
O objetivo é que Martins explique as razões pelas quais ficou preso, por seis meses, apesar de não haver provas contra ele.
Procurada por Oeste, a defesa ainda não se manifestou para confirmar a ida do ex-assessor ao Parlamento.
Martins foi preso, no início deste ano, em virtude de ter supostamente ido aos Estados Unidos, em dezembro de 2022, em uma comitiva do então presidente Jair Bolsonaro. A viagem seria parte de uma tentativa de golpe de Estado, conforme a Polícia Federal (PF).
Prisão de Filipe Martins
Em 8 de fevereiro, Martins foi preso pela PF, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes se baseou na delação do tenente-coronel Mauro Cid segundo a qual Martins viajou aos EUA.
O documento encontrado no computador de Cid, contudo, era um arquivo em Word modificável.
Até a soltura, em agosto, Martins demonstrou com uma série de evidências que não esteve nos Estados Unidos na data. O ex-assessor provou com bilhetes de passagens aéreas, comprovantes da Uber e um documento do governo norte-americano.
