Estatal registrou lucro de R$ 124,6 bilhões em 2023 e decidiu limitar distribuição de dividendos.
A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões em 2023, o 2º maior da história da empresa, segundo balanço financeiro publicado nesta 5ª feira (7.mar.2024). O montante é 33,8% inferior ao reportado em 2022, quando a companhia havia lucrado R$ 188,3 bilhões.
A expectativa do mercado era de um resultado positivo da petroleira devido aos relatórios já divulgados de vendas e produção. A apreensão com a divulgação dos números anuais estava na apresentação dos dividendos.
A diretoria da estatal informou que encaminhou à AGO (Assembleia Geral Ordinária), que ocorrerá em 25 de abril, uma proposta de distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões. Se houver aprovação, os dividendos totais de 2023 alcançarão R$ 72,4 bilhões.
Segundo apuração do Poder360, o conselho da maior empresa brasileira ficou dividido em relação à distribuição dos proventos aos acionistas. Conselheiros governistas propunham a retenção dos dividendos extraordinários –pagamento extra que as empresas fazem aos seus investidores– enquanto os minoritários sustentavam os proventos. A decisão final foi de não pagamento dos extraordinários.
A notícia frustrou investidores, o que fez com que as ações da estatal na Bolsa de Nova York caíssem 10% nas operações pós-mercado nesta 5ª feira.
A Petrobras informou que o recuo nos lucros se deve à queda de 18% no preço internacional do petróleo em comparação ao ano anterior, mas que mesmo assim a empresa teve resultados expressivos em produção e operação de novas plataformas.
Na comparação com 2022, a receita líquida da Petrobras diminuiu 20,2%. Fechou em R$ 512 bilhões. O Ebitda –lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização– recuou 23% ante 2022 e ficou em R$ 262,2 bilhões.